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Risperidona: para que serve, como tomar e efeitos colaterais
A risperidona é um remédio antipsicótico (também conhecido como neuroléptico) usado principalmente para tratar transtornos psiquiátricos.

Para que serve
Ela serve para realizar o tratamento de transtornos mentais em que há alterações do pensamento, emoções e comportamento. Falando de forma mais profunda, ela é utilizada para:
- Transtorno bipolar: usada para combater episódios de mania (euforia exagerada, agitação, impulsividade)
- Esquizofrenia: controla sintomas como delírios, alucinações e pensamento desorganizado.
- Transtornos de comportamento: em alguns casos ela é usada para tratar impulsividade, agressividade severa e problemas de comportamento em outras condições psiquiátricas.
- Irritabilidade e agressividade no autismo: em adolescentes e crianças, pode reduzir comportamentos de agressividade, automutilação e acessos de raiva.
Ela ajuda a acalmar a mente, melhora comportamentos agressivos ou impulsivos e ajuda na organização dos pensamentos.
Como tomar
A forma correta de tomar risperidona varia de acordo com o motivo do tratamento, da reposta individual ao medicamento e da idade do paciente. Em sentindo geral, segue abaixo algumas regras:
- Injeção de longa duração (exemplo Risperdal Consta): aplicada por profissionais direto no músculo a cada 14 dias.
- Comprimidos: a risperidona é normalmente tomada 1 a 2 vezes por dia, com ou sem comida.
Orientações gerais:
- Dosagem inicial: de início a dose é baixa, porém aumentada gradualmente, de acordo com a necessidade de tolerância de cada paciente.
- Horário: tome nos mesmos horários todos os dias, para que seja mantido os níveis estáveis no sangue.
- Não interrompa de repente: parar o uso sem a orientação de um médico pode fazer retornar os sintomas ou causar abstinência.
- Se esquecer de tomar: tome logo que se lembrar. Se estiver quase no horário da próxima, pule a dosagem esquecida e siga o horário normal. O importante é nunca dobrar a dosagem.
Exemplos de dosagens (atenção: esses exemplos não substitui a orientação médica):
- Esquizofrenia em adultos: começa entre 1 mg ou 2 mg por dia, podendo chegar a 4 mg ou 6 mg por dia.
- Transtorno bipolar: dosagem inicial de 2 mg e 3 mg, ajustada de acordo com a resposta ao tratamento.
- Autismo em crianças: início de 0,25 mg a 0,5 mg por dia (aumento gradual com cuidado).
Lembre-se de seguir a receita do médico. A risperidona é uma medicação controlada, e seu ajuste de dosagem é realizado em efeitos percebidos e possíveis efeitos colaterais.
Possíveis efeitos colaterais
A risperidona pode causar diversos efeitos colaterais, e variam de paciente para paciente. Muitos são efeitos leves, mas outros exigem atenção médica.
Veja abaixo sobre os efeitos colaterais mais comuns:
- Ganho de peso
- Tontura
- Sonolência
- Aumento do apetite
- Ansiedade
- Salivação excessiva
- Constipação
- Náusea
- Vômito
- Dor abdominal
Efeitos motores:
- Rigidez muscular
- Tremores
- Movimentos involuntários na face ou nos membros (conhecido como sintomas extrapiramidais)
Alterações hormonais:
Aumento do hormônio prolactina, pode causar:
- Alteração do ciclo menstrual
- Secreção de leite pelas mamas (galactorreia)
- Aumento de mamas em homens (ginecomastia)
- Disfunção sexual
Efeitos mais raros:
- Alterações no ritmo do coração
- Síndrome neuroléptica maligna (totalmente raro, porém de grande gravidade). Os efeitos são rigidez muscular, confusão mental, febre alta, pressão arterial instável.
- Convulsões (bastante raro também)
Resumo completo:
- Sintomas leves: normalmente passam com o tempo ou com ajuste da dosagem.
- Sintomas motores ou hormonais: comunicar o médico.
Febre alta, confusão ou rigidez muscular extremas: procurar pronto-socorro com urgência.
Quem não pode tomar
Embora a risperidona seja um remédio muito útil e usado por diversas pessoas, ela não é segura para todo mundo. Existem situação que ela não deve ser usada ou requer um atenção especial.
Contraindicado para pessoas:
- Alérgicas à risperidona ou aos componentes da fórmula.
- Idosos com demência (principalmente se ocorrer os sintomas de agressividade ou agitação). O uso pode aumentar risco de derrame ou até mesmo morte.
- Pessoas com síndrome neuroléptica maligna anterior (reação rara a antipsicóticos).
Quem necessita de cuidado especial:
- Quem tem epilepsia ou histórico de convulsões.
- Pacientes com doenças cardíacas, seja insuficiência cardíaca, histórico de infarto ou arritmias.
- Diabéticos. A risperidona aumenta o risco de descompensar o diabetes.
- Portadores de Parkinson. Pode piorar os sintomas motores.
- Grávidas e lactantes. O risco existem par mãe e para o bebê, por isso precisa ser avaliado com profundidade pelo médico.
Conclusão
É muito importante informar seu médico sobre seu histórico completo de saúde antes de iniciar o tratamento com a risperidona. Como informado acima, existem diversas pessoas que não podem fazer uso ou que precisam de atenção especial.