Ampicilina: para que serve, como usar e efeitos colaterais

Ampicilina é um antibiótico que trata infecções do trato urinário, respiratório, gastrointestinal e meningite, pois combate a proliferação bacteriana.

Existem muitos tipos de penicilina e a ampicilina é uma delas, podendo ser encontrada em comprimido ou cápsula de 500 mg, suspensão oral de 50 mg/mL ou injeção de 1g, com nomes comerciais como Amplacilina, Neo Ampicilin ou Ampicilab, entre outros.

É essencial que a ampicilina seja administrada seguindo as instruções do médico e pelo tempo prescrito, uma vez que o uso inadequado deste antibiótico pode elevar o risco de resistência bacteriana, tornando o tratamento da infecção mais complicado.

Para que serve

A ampicilina é um antibiótico que trata infecções como:

• Cistite e outras infecções urinárias;
• Gonorreia, provocada por Neisseria gonorrhoeae que não produz penicilinase;
• Salmonelose ou doenças gastrointestinais;
• Infecções causadas por Escherichia coli, Proteus mirabilis, enterococos e Shigella sp;
• Pneumonia ou infecções respiratórias por Haemophilus influenzae que não produzem penicilinase, Streptococcus pneumoniae e pneumococos.

A ampicilina também pode ser utilizada para tratar a meningite causada pela bactéria Neisseria meningitidis e para prevenir endocardite ou sepse bacteriana.

O médico pode prescrever a medicação por via intravenosa, se houver suspeita de meningite, enquanto aguarda os resultados dos exames laboratoriais que confirmam a infecção.

Como usar/posologia

O médico deve determinar a dosagem de ampicilina conforme a idade do paciente, o tipo e a gravidade da infecção, e essa dosagem pode variar conforme a forma de apresentação do antibiótico.

Em geral, as doses sugeridas da ampicilina conforme sua apresentação são:

1. Comprimido de Ampicilina 500 mg

A quantidade de ampicilina em comprimidos ou cápsulas de 500 mg pode mudar conforme o tipo e a gravidade da infecção, a condição de saúde e a reação ao antibiótico:

• Adolescentes e adultos: a dose habitual é de 250 a 500 mg a cada 6 horas.

Geralmente, a ampicilina é administrada por 7 a 10 dias, mas tanto a dosagem quanto a duração do tratamento podem ser ajustadas conforme o tipo e a gravidade da infecção, sempre sob a orientação do médico.

O comprimido de ampicilina deve ser ingerido 30 a 60 minutos antes das principais refeições ou 2 horas após, acompanhado de um copo de água.

2. Xarope de ampicilina 50 mg/mL

A ampicilina em suspensão oral (xarope) é geralmente prescrita para crianças, e a dosagem depende do tipo e da gravidade da infecção.

• Respiratória: 25 a 50 mg/kg por dia, administrado a cada 6 a 8 horas;
• Gastrointestinal: 50 a 100 mg/kg por dia, administrado a cada 6 a 8 horas;
• Geniturinária: 50 a 100 mg/kg/dia a cada 6 a 8 horas;
• Meningite bacteriana: 100 a 200 mg/kg/dia.

Para obter a suspensão oral, adicione água filtrada ao frasco, gradualmente, enquanto agita continuamente até que o volume indicado na embalagem seja alcançado.

É fundamental agitar o frasco vigorosamente antes de cada uso para homogeneizar os ingredientes da fórmula e armazenar a suspensão reconstituída em um local protegido da luz solar direta.

Uma vez preparada, a suspensão permanece válida por 7 dias quando armazenada em temperatura ambiente, longe da luz solar direta. Após esse tempo, qualquer quantidade que não for usada deve ser descartada.

3. Ampicilina para injeção

A quantidade de penicilina injetável, tanto por via intramuscular quanto intravenosa, pode variar conforme o tipo de infecção que está sendo tratada e a idade do paciente.

• Via respiratória: 250 a 500 mg de 6 em 6 horas (adultos), 25 a 50 mg/kg/dia de 6 a 8 horas (crianças);
• Gastrointestinal: 500 mg a cada 6 horas (adultos), 50 a 100 mg/kg/dia a cada 6 a 8 horas (crianças);
• Geniturinário: 500 mg a cada 6 horas (adultos), 50 a 100 mg/kg/dia a cada 6 a 8 horas (crianças);
• Meningite bacteriana: 8 a 14 g por dia (adultos), 100 a 200 mg/kg por dia (crianças);
• Profilaxia para endocardite e septicemia bacteriana: 1 a 2 g, a cada 3 a 4 horas, em combinação com 1,5 mg/kg de gentamicina (administrados por via intravenosa ou intramuscular) (para adultos), 50 mg/kg de ampicilina, juntamente com 2 mg/kg de gentamicina (para crianças);
• Gonorreia: 500 mg administrado por via intramuscular duas vezes ao dia (adultos).

A gravidade da infecção pode exigir doses mais elevadas e um tempo de tratamento mais longo, e o médico poderá fazer ajustes se necessário.

4. Ampicilline sulbactame

A injeção de ampicilina + sulbactam deve ser administrada por um enfermeiro no hospital, seja intramuscular ou intravenosa, sob a supervisão de um médico.

A dose sugerida para adultos varia de 1,5 g a 12 g por dia, sendo administrada em doses fracionadas a cada 6 ou 8 horas.

A dose indicada para recém-nascidos, bebês e crianças é de 150 mg/kg/dia.

Efeitos colaterais

Os efeitos adversos mais frequentes da ampicilina incluem diarreia, náuseas, vômitos e o aparecimento de erupções cutâneas.

Embora seja menos comum, também pode haver dor epigástrica, urticária, coceira por todo o corpo e reações alérgicas.

Quem não pode fazer uso

A ampicilina não deve ser utilizada em:

• Hipersensibilidade à ampicilina ou a qualquer um dos ingredientes da fórmula;
• Hipersensibilidade a outros antibióticos betalactâmicos ou penicilinas;
• Infecções por microrganismos que produzem penicilinase;
• Infecções virais, leucemia ou mononucleose infecciosa;
• Administração de medicamentos, como alopurinol, pílulas anticoncepcionais, probenecida ou antibióticos bacteriostáticos.

As mulheres grávidas só devem utilizar esse medicamento se houver uma orientação e recomendação do médico, permitindo que ele avalie os riscos e benefícios do uso.

A ampicilina é eliminada pelo leite materno, portanto, seu uso por mulheres que estão amamentando é contraindicado, a menos que haja uma orientação médica específica.